Amor infernal
Na madrugada sombria
penso no inferno.
Todos sofrendo e
nós nos amando.
Beijo os teus lábios frios,
nos teus beijos
sinto o gosto do sangue.
Quando vivos na terra,
sentia teu olhar sombrio,
olhar da escuridão melosa,
que sempre estará em ti.
Em um cálice de vinho
tu me servias teu sangue
derramado.
Quando ias para longe,
um pedaço da tua carne
me davas,
dizia que era para
lembrar-me de ti.
Agora do inferno querem
nos tirar,
o diabo sabendo que nós
sempre nos amaremos,
quer nos condenar.
Na forca nós estamos,
abraçados nos beijamos.
Nosso último beijo foi dado,
agora condenados a vagar
pelo infinito nós viveremos.