Espelho

Miro meu rosto num mesmo espelho.

Espero pelos dias de um agosto vermelho,

ensandecido pela paixão derramada,

minando cores na tez iluminada,

quando meus olhos dirão do encontro

que antecipará minha volta.

Saio de cena, registro o poema.

Hiberno a tristeza, repetindo o velho tema.

Tampando meu reflexo com o mesmo pano cinza,

no luto imaginário pela perda do que nunca tive,

meu espelho é o único que sabe

aquilo o que dentro de mim ainda vive...

SATURNO
Enviado por SATURNO em 27/10/2008
Reeditado em 09/06/2013
Código do texto: T1250092
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