Dores de amar

Por que quando me entrego

De forma intensa em aconchego

Num amor tão puro e profundo

O forte e mais belo do mundo

Ora falante, ora tão mudo

Com todos os poros vibrando

Meu coração insensato logo dói?

Não dizem que só o amor constrói

Por que quando reflito e penso

Fico susceptível e meio propenso

Neste amor que não vejo rumo

A parecer vagabundo sem prumo

Tudo era claro, agora está escuro

No lugar da luz só vejo a penumbra

E quanto mais amo, mais este amor dói?

Será que ele imagina quanto me destrói

Por que quando eu o questiono

Vejo apenas um rosto fugitivo

O seu olhar é bastante inseguro

Parece esconder mil segredos

Seu semblante é moribundo

De alguém que andou traindo

E seu silêncio tanto me dói...

Cadê a sua espontaneidade?

Por esse querer a sinceridade

Já sacrifiquei até a felicidade

Trago comigo as dores de amar

Tudo penso para ir te contar

Talvez se a verdade falar

E a gente vier a se acertar

O amar não seria tão doloroso...

Enquanto está assim conflituoso

Rascunho sofrido estes versos

Em preces ao Deus do Universo

Ter um amor simples e não complexo

É que sonho acordado pelo teu beijo

Embalado na rede no maior abraço

Dueto: Denny & Hilde

Denise Viana e Hildebrando Menezes

Navegando Amor
Enviado por Navegando Amor em 22/10/2008
Reeditado em 22/10/2008
Código do texto: T1241447