Mãos de um Cadáver
Bem vindo novamente a minha vida!
Meus olhos estão costurados mais ainda posso ver
O brilho mortiço dos teus!
Sinto suavemente sua pele...
Pegue minhas mãos macias, como a de um cadáver!
Suga o pouco de alma que ainda tenho!
Beba minha saliva em lentos goles
E siga comigo o quanto teus pés agüentarem!
Pois o chão é quente...
E eu nem sei ao certo se consigo ir até fim!
Mais se estiver comigo, tentarei ir até o fim!
E quando as minhas lagrimas, doce lagrimas...
Tocarem as chamas que cobrem meus pés,
Tudo congelará, e a caminhada será mais branda!
Mais enquanto eu caminhar sozinha em multidões
Meus pés tocaram apenas o sepulcro... E min’alma
Tornará-se espelho e rachará com facilidade
Viverei em eterna clausura
Em misterioso sigilo
E viverei a sombra que meu corpo produz!