Mãos de um Cadáver

Bem vindo novamente a minha vida!

Meus olhos estão costurados mais ainda posso ver

O brilho mortiço dos teus!

Sinto suavemente sua pele...

Pegue minhas mãos macias, como a de um cadáver!

Suga o pouco de alma que ainda tenho!

Beba minha saliva em lentos goles

E siga comigo o quanto teus pés agüentarem!

Pois o chão é quente...

E eu nem sei ao certo se consigo ir até fim!

Mais se estiver comigo, tentarei ir até o fim!

E quando as minhas lagrimas, doce lagrimas...

Tocarem as chamas que cobrem meus pés,

Tudo congelará, e a caminhada será mais branda!

Mais enquanto eu caminhar sozinha em multidões

Meus pés tocaram apenas o sepulcro... E min’alma

Tornará-se espelho e rachará com facilidade

Viverei em eterna clausura

Em misterioso sigilo

E viverei a sombra que meu corpo produz!

Yasmin Meirinho
Enviado por Yasmin Meirinho em 21/10/2008
Código do texto: T1239687
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