LÁGRIMAS

Vejo descer pelas rugas do meu rosto,

todas as lágrimas que insistem em rolar,

escorrer no rosto, cair no chão, se acabar.

Sinto o sal, que transporta as minhas lágrimas,

quando em meus lábios elas ousam lá morrer,

Sinto o gosto, do que representa meu sofrer.

Em cada lágrima escorrida, um sentimento,

que completa-se com o sabor, na minha boca,

até sinto embargada minha voz, fica ela rouca.

O pensamento que alimenta, salgado rio,

fica escondido dentro do peito do vivente,

do humano, que tem na alma o sentimento.

E assim eu vejo escorrer pelo meu rosto,

o sentimento que fica em forma liquefeita,

um sofrimento, que deixa a alma insatisfeita.

20-10-08-VEM.

Vanderleis Maia
Enviado por Vanderleis Maia em 21/10/2008
Código do texto: T1239659