LÁGRIMAS
Vejo descer pelas rugas do meu rosto,
todas as lágrimas que insistem em rolar,
escorrer no rosto, cair no chão, se acabar.
Sinto o sal, que transporta as minhas lágrimas,
quando em meus lábios elas ousam lá morrer,
Sinto o gosto, do que representa meu sofrer.
Em cada lágrima escorrida, um sentimento,
que completa-se com o sabor, na minha boca,
até sinto embargada minha voz, fica ela rouca.
O pensamento que alimenta, salgado rio,
fica escondido dentro do peito do vivente,
do humano, que tem na alma o sentimento.
E assim eu vejo escorrer pelo meu rosto,
o sentimento que fica em forma liquefeita,
um sofrimento, que deixa a alma insatisfeita.
20-10-08-VEM.