Enforcado
Em roçar de línguas e sangue,
Abraçando tenazmente a quentura de pele macia e alva,
Cabelos negros pendentes nos olhos mortiços entreabertos,
E olhar fatídico,final de esperança proibida,despedida.
Polidamente um aceno e palavras vagas,
Diante de templos construídos a dois em dias de fúria,
Cercando carinho e promessas, divinais traçados de destino planejado
Veias azuis invadem a visão de braços e fronte cabisbaixa.
Crepúsculo em estertor de último dia esgotado
Uma corda na árvore morta esperando abraçar o filho desalentado
Jaz em túmulo aberto , pescoço envolvido em farpas
Um estalo oco de partida,um revirar de órbitas que se esvaziam.