Tontas nuvens
Nuvens tontas passeiam
Em um céu funesto!
Negra é minha túnica
E meu semblante sério.
Nas margens de um oceano
Ingrato, pergunto por ti!
Queria eu ser as espumas do mar,
Que os rochedos tendem a desfazer!
Porem meus desejos
São espinhos que tendem
A maltratar-me!
A vida é sentida,
Repetida e despeitada...
Em silenciosos vôos, em pensamentos...
Descobri ao fundo
O fio a noturna tormenta!
Em busca de tua essência
Em pálpebras pendidas
Min’alma ave errante, conforta-me...
Espreme a angústia e a dor tétrica que
Fecundou-se, e aninhou-se...
Em meu ser miserável!