Intervalo

Como folhas secas

Palavras não ditas

Espalhadas no chão ,esperam

Serem recolhidas

Como brisa de fim de tarde

Gestos não realizados, insistem

Em querer e fazer

Tempo de virgulas e frases mal escritas

De vazios preenchidos de caos

De sentar em banquinhos tortos

E se deixar sem viver

Sem ter o que esperar

Intervalo

Entre o tudo e o não saber.

maria filo
Enviado por maria filo em 13/10/2008
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