Promessas sobre a hipocrisia

Late!

“Malditos cães do inferno, esse carma pragmático é a moldura da névoa”

Desencosta esse corpo de mim, cansei de ser regurgitado por vós

Essa meia verdade que enxerga do lado da burrice, não sei se me espanto em ver a invalidade de teus argumentos ou se me impressiono quando vejo que você pode mesmo acreditar nessa verdade cega que cospe como uma doente.

“o mundo me engole e me cospe porque sabe que eu não devo fazer bem”

Essa foi a ultima rejeição,

A agenda fala sobre o garoto idiota e a formatura que gera o monstro,

Não sou mais ele, não quero mais.

Se juntasse todas as páginas, esse texto seria o meu manual, mas que esse ódio que corrói cada veia, escorra apenas nas minhas lembranças destes malditos dias vazios onde tentei contrariar quem eu sou, achando que valia a pena.

Acha que eu mudei nesse abraço não correspondido?

Eu mudei desde o momento que estive à teu lado pela primeira vez, sempre controlando mas agora, voltando a ser quem eu realmente sou.

Não mudei, aquele era eu, precisando de você tanto quanto preciso desse deus arrogante que sempre está ocupado.

(tem tanto mal aqui dentro, se afasta logo antes que morra)

Dó, piedade, misericórdia?

Eu submerso nesse oceano gelado enquanto você patina ignorando meu reflexo abaixo de teus pés,

Eu sou o teu pecado, se afasta de mim pra ficar perto dessa paz que te rege, estes são teus dias, opostos aos daquele que acha o maior dos pecados não viver a vida.

Tanta contradição nestas linhas que você estuda,

Sempre se preocupando com tudo ao redor,

De fato, deve ser mais importante mesmo.

Que se foda a porra toda, quantas vezes estive de joelhos, quantas vezes sonhei em viver em um lugar só nosso, onde toda preocupação do mundo fosse o bem que um fizesse ao outro.

Você não tem outras preocupações? Vai ter tempo bastante pra resolve-las agora.

Não preciso de ajuda pra afundar, isso sempre fiz bem sozinho.

As mágoas ficaram tão grandes que já não sei se quero ir atrás pra concertar

“e nem sei mais se sigo ou desisto, e grito só, entre os surdos”

Venere este silêncio, por que você nunca vai agüentar seu quebrar.

Você morreu duas vezes,

Na primeira perdi a capacidade de acreditar em você,

Na segunda não te desejei mais.

Não morra a terceira,

Podes não ressuscitar mais.

Hannibal Lecter – Demônios que Ladram

lecter
Enviado por lecter em 09/10/2008
Código do texto: T1219999