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A dor, a solidão, a rejeição
É a substancia mais presente em meu coração
A ilusão corre em minhas veias
Numa busca insana de me manter viva
A depressão me ronda todos os dias
Em uma observação incansável
Tentando, e às vezes conseguindo atingir em cheio meu ponto mais fraco.
Tento disfarçar, olhar para o lado
Pôr um sorriso no rosto
E esquecer do passado
Mas dos meus poros emana o retrato de uma vida sem sentido
E uma noite incansavelmente desejada.
Tento me tocar, me amar
Mas me percebo como um composto pútrido, morto, mal cheiroso.
Não encontro meu caráter,
Não sei notícias da minha personalidade
Há dias penso que vivo
Mas não penso,
Não respiro, não me amo!
Aonde vou chegar com tudo isso?
Até onde vou caminhar tropeçando?
Sem descobrir meu destino
Ou ter notícias do meu ramo?!