Aria a Céus Sem Lua
Aria a Céus Sem Lua
"your love tonight is mine"
(The Mission U.K.)
I
Por tantas eras essa marca
grava feridas em meu peito,
Por tantos luares soa o pranto
que hei de por anos cantar;
Onde três vultos convulsos se esapalham
Derramando tinta vermelha e langue...
Que enxuta, se fixa como sangue
Dentro dos olhos que terror amortalham.
Com uma melodia andante
Que se inebria em tristeza
Afogo as vis alegrias
Em jazidas saudades.
Onde olhos meus hai de acalçar
Se já distante não vejo o mar?
Os horizontes tranformaram-se em sombras...
( - Às três da tarde no dia três...)
Triangulos escalênos puidos
De poeira cósmica do inferno
Prendem céus que pendem chamas,
Os olhares são lagos rasos.
Sou o lobo vestido de chacal,
Entre os cães corro pela carniça
Matando os deuses já mortos;
- A violência é sintoma da ingnorância.
II
"E ainda assim, eu te amo."
Os céus são negros e sem lua,
O peito é chama insensata,
Despido, encontra carne crua
E afoga à gritos a tocatta.
Entre "hirens" molho o orvalho
E cubro febril o sereno da noite
Que de ósculos se formou;
- As estrelas estão caidas no chão.
Um pêndulo se faz no prisma
E na alma um machado...
Os uivos cortam constantes o breu.
A queda é a redenção...
E a fiél amante, a solidão
Espera-me de abraços abertos.
As asas são de fogo!
Em três por três e semi-colcheia
Sonoroso choro ressoa à meianoite,
Assim finda a trágica manhã.