SEM ENTENDER

SEM ENTENDER

Cláudia Canoza

Me encontro perdida

sem sono, sem rumo

fui eu a escolhida

arremessada ao muro

me desmancho toda

mulher frágil, acabei ferida

Porque eu? dor imensa

um silêncio, o frio, a brisa

corpo ferido, dor latejante

lágrimas escorrem

encontra os lábios

lábios ardem, lágrimas de sal

Porque eu? sofrimento insiste

acaba esperanças, socorro!

lua bela, me vejo presa

grade de ferro, matei a sorte

Porque eu? o que fizestes

mão pesada vioenta

sobre delicado rosto moreno

calçado imundo

nesse corpo ferido

palavras maldosas

nessa alma morta

queria não ser eu...

Forte Abraço

Claudinha Canoza