"Senhora"

Senhora

Senhora, que ara ora varia

Senhora, que vir que nada

De muitos lugares

De muitas horas e sem amor

Senhora, diga-me

O que vai de encontro

Ao meu coração liberto

Ao meu coração sem lume

Indébito, infeliz, sem ponderações

Senhora, que digo para minha alma

Que digo para minha profundeza

Que sinto que morro, por ser livre

Que por ser livre, sinto-me como?

Senhora, chorar é o eterno lamento

De minha alma fininha, pairada

Parada, sem questionamentos

E interrogações e sem medos

Senhora, diga-me

Se chorar, chorar, chorar

Vai lavar esta minha alma

Ou esperar, esperar

Vai me fazer voltar de onde eu vim

Belo Horizonte, 29 de abril de 2006.

Silvania Mendonça
Enviado por Silvania Mendonça em 04/10/2008
Código do texto: T1210676
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