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A vida nega as vontades e invade

Os olhos apenas fecham as imagens

A dor nem é passageira e chora

O engano é carregado de desejos

É tarde e há neblinas covardes

Chove na engarrafada cidade.

Luto contra a ventania,

E ao partir o coração revela-se frágil,

Nunca houve alguém e jamais virá!

A brisa suave acode os relâmpagos,

A diversidade na imagem revela a dor.

Os homens negam e empacotam energias

As mulheres livres desertoras e libertas

A dúvida é dialética, o medo rebela-se

A tristeza paga a passagem sem humor.

O cheiro da terra molhada cobre as narinas

O despertar gera melancolia

Mas a terra reveladora é forte,

Rumo ao norte desconhecido

Sozinha, calada, apenas parte.

Diana Balis
Enviado por Diana Balis em 02/10/2008
Reeditado em 02/10/2008
Código do texto: T1208510
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