Estou só na multidão...

Estou só na multidão. Talvez eu seja só

Uma demente, com muitos sonhos idiotas...

Vejo rostos estranhos, olhares que vagam,

O meu... almeja o livre vôo das gaivotas!...

Quiçá... a maldade seja algo normal...

Seja lá como for, não faço parte do todo,

Tenho a anomalia do verdadeiro amor...

Pena da frágil flor que brotou no lodo...

Todos os dias, meus olhos assistem

Cenas terríveis... de desamor puro...

A lua já não inspira grandes amores...

Os corações são vazios, frios, duros!...

Estou sozinha na multidão Senhor!...

Carregando uma sensibilidade inútil...

Uma franqueza condenada ao silêncio,

Tendo que aceitar o ego superlativo, fútil!

Trazendo no peito... a ânsia da luta justa...

Revolta da covarde omissão em massa!...

Cansada de um mundo cheio de desgraças,

Onde só vence o ódio, a inveja e a trapaça!...

Mary Trujillo

28.02.2006

Respeite os direitos autorais

Mary Trujillo
Enviado por Mary Trujillo em 08/03/2006
Código do texto: T120481
Copyright © 2006. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.