Os guardiões

O que é minha morada? Fortaleza cerrada

Deixa de fora o vento, a neblina e os homens

E é velada por guardiões dedicados

Que se revezam em horas de infinita vigília

De modo que enquanto uns guardam, vários ressonem

Guardam-me numa sala secreta

Fitam-me através de felpudas pestanas, entre as almofadas

Saudosos da canção que não mais ouvem na casa quieta

Pois demasiadas vezes, testemunharam demasiadas dores

Sem poderem fazer nada

Quanto a carne ferida - E a alma despedaçada.

(inspirada pela tristeza e pela prosa de A.S. Byatt)

Zannah
Enviado por Zannah em 30/09/2008
Código do texto: T1204775
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