Tristeza

Sempre tenho medo de viver

Pois enquanto houver vida haverá morte

Se eu pudesse escolher, não sei!

Ambas são desgraças que desamparam.

Vou amanhã ver o pôr do sol

Mas tenho medo que ele esteja vermelho

Vermelho das vidas que nós desgraçamos

Mas ainda quero vê-lo amanhã.

Porém se eu acordar com o canto dos pássaros

Tomar banho de água pura

Respirar ar puro

E acampar em uma mata virgem

Fico triste! Pois sei que morri.

E não verei o sol de amanhã.