Miséria Humana

Sentada à beira do caminho,

Uma mulher uma criança segurava.

Seus olhos eram tristes,

Mas um sorriso em seus lábios adejava.

Em seus braços alvos a petiz dormia,

Entre sussurros ternos e uma canção

Que falava de sonhos eternos,

Em sincera afeição.

Mas o que ninguém percebia,

Na pressa, em suas inquietas passadas,

Era que a pobre mulher, aos poucos, morria,

E que, a criança, não sabia de nada.

Recostada a parede, a mulher cerrou seus olhos

Os alvos braços, enfim afrouxaram,

E a criança, entre soluços, pedia

O carinho de seus afagos...

Zannah
Enviado por Zannah em 22/09/2008
Código do texto: T1192023
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