Miséria Humana
Sentada à beira do caminho,
Uma mulher uma criança segurava.
Seus olhos eram tristes,
Mas um sorriso em seus lábios adejava.
Em seus braços alvos a petiz dormia,
Entre sussurros ternos e uma canção
Que falava de sonhos eternos,
Em sincera afeição.
Mas o que ninguém percebia,
Na pressa, em suas inquietas passadas,
Era que a pobre mulher, aos poucos, morria,
E que, a criança, não sabia de nada.
Recostada a parede, a mulher cerrou seus olhos
Os alvos braços, enfim afrouxaram,
E a criança, entre soluços, pedia
O carinho de seus afagos...