FRUTO DOCE
Entrego-te uma vida cheia de doce
Como se na verdade fosse,
O cume de um gesto singular ...
E escondo de ti o fel amargo,
Fugindo do medo a passo largo
De tal forma a não me revelar !
Que sou fruto de árvore triste,
Desfolhando tudo que não existe,
Levada por ventania e pó ...
Eis que me vejo em vasto quintal
Caindo do alto em tombo fatal,
Pelo tempo, num contratempo só !