O caminho para sempre
É o ar faceiro que bate entre as cortinas.
Não avisa sua chegada, também não é inevitável.
A brisa da noite, a chuva gelada que bate contra o meu rosto e faz feridas, feridas nas quais não reconhecem sua origem.
São passos em falso;
A serpente nos olhos;
Os ares não respiráveis pelo pulmão.
A entrega de almas, e o engolir da matéria.
Age devagar, mas em pontos ruins, no qual o sentimento não envolve.
O olhar passa longe da face amada.
O ódio predomina.
Os carros param, os sinais fecham.
Os males sobrevoam a favor do seu coração.
A câmera é desconhecida.
Os laços não duram presentes bonitos.
Não é possível dizer adeus, as cordas vocais não funcionam mais.
A raiva atirada contamina as águas em comum.
São arrepios doentios, persistentes à lua que não aparece mais, está encoberta com nuvens negras e cruéis.
As vozes das pessoas se confundem com o ruído do chamado, aquele que sou obrigada a atender.
Não tenho alternativas, de todos os caminhos que tinha restou apenas o pior.
O coração bate mais devagar, garotos não me fazem mais chorar.
A corrente elétrica de solidão e compaixão me domina e deixa-me sem palavras;
Deixa apenas um punhado de flores murchas mal cheirosas, que são trazidas pelo norte ao vento...Sete palmos sobe o chão, com tramas e recordações da vida amena.