Ode ao tempo
Ao vento que passa, que passa, que passa...
Memórias de uma vida requintada,
de uma casa feita de prata.
O ar que passa, que nasce na serra - e que mal me faz esse orvalho -.
A casa na colina, com portas de vidro tão claro que parece que estou planando.
Memórias da vida que chamava de casa.
Hoje, formado e chamado de doutor,
Deixo o diploma queimando na lareira e ainda vejo o ar,
Escasso, oxidado, seco.
Enlatado.