Pássaro negro

Ouço os sinos tocarem, sendo que a cada batida,

Meu coração bate ainda mais amedrontado!

As pressões em meus ouvidos fazem ainda mais minha pele gelar!

Trouxe-me apenas o elmo, a espada...

Tingida de sangue!

Um longo pesadelo assumiu forma em minh’alma,

A sombra de uma cruz...

Descansem lágrimas, descanse a meia luz!

Fantasma cavaleiro, nos pés fez poeira,

Em um golpe rápido ensangüenta as mãos...

Deixando para traz apenas solidão!

Fiquei escondido

“Ouvindo” o silencio!

E um simpático pássaro negro me fitou

A enigmática ave...

Pairava no horizonte alto...

Em busca de um corpo sem alma!

Ao adormecer, o orvalho me cobriu...

Gota a gota...

E o eco solto, em bosques evaporou!

Solitária demência, eu sinto!

Habitar-me o viver!

Sou o fantasma agora que nunca descansa...

A dor vivente, impura e arrepiante... Destino

Sempre estarei a vagar, á procura do espírito...

Que me foi tirado, arrancado... E só agora que eu percebi

Que tanto o amava!

Yasmin Meirinho
Enviado por Yasmin Meirinho em 15/09/2008
Reeditado em 27/02/2009
Código do texto: T1178752
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