Pássaro negro
Ouço os sinos tocarem, sendo que a cada batida,
Meu coração bate ainda mais amedrontado!
As pressões em meus ouvidos fazem ainda mais minha pele gelar!
Trouxe-me apenas o elmo, a espada...
Tingida de sangue!
Um longo pesadelo assumiu forma em minh’alma,
A sombra de uma cruz...
Descansem lágrimas, descanse a meia luz!
Fantasma cavaleiro, nos pés fez poeira,
Em um golpe rápido ensangüenta as mãos...
Deixando para traz apenas solidão!
Fiquei escondido
“Ouvindo” o silencio!
E um simpático pássaro negro me fitou
A enigmática ave...
Pairava no horizonte alto...
Em busca de um corpo sem alma!
Ao adormecer, o orvalho me cobriu...
Gota a gota...
E o eco solto, em bosques evaporou!
Solitária demência, eu sinto!
Habitar-me o viver!
Sou o fantasma agora que nunca descansa...
A dor vivente, impura e arrepiante... Destino
Sempre estarei a vagar, á procura do espírito...
Que me foi tirado, arrancado... E só agora que eu percebi
Que tanto o amava!