ESFORÇO INÚTIL


Essa minh’alma fraca, tola e revoltada,
e o coração que desconhece o seu lugar,
jamais terão a paz, porque nenhuma estrada
chega a um destino, se o destino é só vagar...

Um dia, eu sei que a solidão fará morada,
descobrirei que não existe nenhum lar
e na poeira de algum vento, serei nada,
apenas grão que ás vezes muda, sem cansar,

porque entendeu o imponderável da quimera.
E nesse vácuo explodirá, já sem espanto,
aquela lágrima nos olhos, bem no canto,

logo enxugada pelo ar, tão ressequido:
esforço inútil, sem função, pois que duvido
que fosse mesmo um sentimento... Ai, quem me dera!

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