Prazeres sem culpa

Da vida que levo,

Quase não tiro proveito.

Me encontro sempre no leito.

Inconsciente mas profundo não nego.

Possuo uma indiferença louca.

Sou fêmea, sou macho.

Na mulher, uma menina que acho.

Cabeça lucida ás vezes oca.

Imcompreenssão talvez.

Só me olham por fora.

Não me sentem agora.

A minha alma não tem vez.

No desabrochar do corpo todo.

Toma-se total meu lugar.

Deixa-me na dificuldade do ar.

Não quero outro assim envolto.

Nada é tão passageiro

Quanto os prazeres carnais.

Meu amago senti, são letais.

Passa,voando ligeiro.

Não me quero ser rompida

Pelo fogo do desejo externo.

Quero juntos ser um

No infinito eterno.

E para sempre imergida.

Não quero lazer.

Não quero prazer.

Não quero ter.

Apenas quero ser...