FALTA DE ESPERANÇA

Finalmente sem laço

Eu e a minha Hortelã

Estou de um lado e ela de outro

O que faço?

Se nosso verde difere

Se nossa existência não mais sorri

Até tentei mais perto dela chegar

Mas não consegui

Se a reguei na medida exata

Como vou saber

Se a manhã foi de verão

E a tarde de chuva temporã?

Como um senão...

E então,

O que fazer?

Tirá-la do canteiro

Colocá-la num jarro de barro

Ou, talvez de cristal...

Para ela não seria fatal?

Deixá-la onde está

Com certeza breve morrerá

E sem o seu perfume,

Como farei para do pesadelo acordar?

Ah! Minha Hortelã...

Que falta de esperança

Você me dá!