FÚNEBRES ANELOS
Sejam dilaceradas todas as formas de solidão;
E pereçam em eterna escuridão, todas as lágrimas sofridas;
Pois advogo almas feridas, pra que sobreviva o coração;
E que nunca haja ressurreição para as derrotas já vividas!
Muitas adagas pontiagudas sobre os fracassos amorosos;
E que o sofrer alquebrador de ossos, pereça exterminado;
Antes que o último sorriso tenha acabo, e que feneçam os esforços;
E que todos os sentimentos nossos sejam de êxito conquistado!
Morra essa tal de indiferença e o cemitério seja a casa do desprezo;
Fique no além condenado e preso, o finito sentir que jurou eternidade;
Porque é de felicidade que eu caracterizo a vida que almejo;
Matando a desilusão em que me vejo, em respeito ao que me sobrou de sanidade!
Eu quero vida para o meu sorriso, eu quero a morte de meu pranto;
Não será de luto o meu manto, ao se cumprirem meus fúnebres anelos;
Ainda semeio sonhos belos, ainda serão festivos meus cânticos;
E se meus sofreres foram tantos, sobre suas ruínas erguerei castelos!