SEM ALMA
Quem tem no mundo, ao seu lado
Uma alma companheira
Uma alma irmã
Que a compreenda nesta tempestuosa vida
Onde os tormentos vem ao encontro
Uma vertigem incontida
E ela a anima, a encoraja
E conforta de tal maneira
Que lhe é facil transpor
E vencer os obstáculos dessa jornada.
Porem, aquele que por fatalidade
O implacavel destino
Lhe tirou dos braços o anjo animador
O ente querido
A metade do meu ser
Metade da minha alma
Esse tonteará no mundo
Mas nunca tera alma.
Aquela que a perda lhe roubou
A metade da vida
Que deixou esse mundo
Deixou de sofrer.
Pode no outro, dois braços abertos encontrar
Que espera para fortemente estreitar
Mas para isso é preciso morrer.
Obs: Foi escrita pelo meu avó em Dez/1932.