Caminho

Aquele caminho que se anunciava tortuoso

Manchado de nódoa e dor

Num passo passado de luz divina se aprumou

Com sobrevida que dura o tempo de um sopro

A luz, que se apagara, retornou calmamente

E a tormenta que arrebenta qualquer que seja

a vida vivida, se recolheu

A mesma mão que afagara o cabelo limpo

Não conseguiu dar fortaleza à beleza

Que renascera das cinzas...

Dando azo para que o amor murchasse

E a voz frágil de há pouco

Agora, silente restasse

E o coração antes esperançoso

Apenas fibrilasse

Porque é história de gente

E oscila, ora alegre, ora triste

Com intermitências

Incontroláveis