E um mendigo
De mãos nos bolsos
Sozinho sobe a calçada
Olhar tristonho…
Nariz vermelho…
Tem frio talvez
Olha pela calada…
Sonhando com o nada
Faminto outra vez…
È longe…
Longa caminhada
O lugar onde com sorte
Lhe dão uma esmola
Uma moeda…
Ou quem sabe…um pão
Anda devagar
O corpo não deixa
O passo apressar
E também pensa
Vou caminhando p’ra morte
Ainda é madrugada
E já o mendigo
Sobe a calçada…