Enquanto Caronte não vem

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A vida não é um desencanto.

E aqui do meu canto, calado, contemplativo...

Dou gargalhadas sem nenhum pranto.

Por que o espanto?!

Se a vida fosse um não cessar de sofrimento;

se não pudéssemos sorrir,

apenas postergando o inevitável lamento.

Que beleza haveria no toque sutil, no contato...

Em cada momento?

Minha vida é um turbilhão.

Aos milhões, busco as estrelas no firmamento!

Enquanto você se irrita e reclama;

eu proclamo a vida que me ama...

E se você, ao fim do dia, sentir-se só.

Eu sopro o sopro da vida antes de tornar-me pó.

Crato-CE, 26 de novembro de 2007.

13h35min

Nijair Araújo Pinto
Enviado por Nijair Araújo Pinto em 22/08/2008
Reeditado em 17/09/2012
Código do texto: T1141187
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