Enquanto Caronte não vem
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A vida não é um desencanto.
E aqui do meu canto, calado, contemplativo...
Dou gargalhadas sem nenhum pranto.
Por que o espanto?!
Se a vida fosse um não cessar de sofrimento;
se não pudéssemos sorrir,
apenas postergando o inevitável lamento.
Que beleza haveria no toque sutil, no contato...
Em cada momento?
Minha vida é um turbilhão.
Aos milhões, busco as estrelas no firmamento!
Enquanto você se irrita e reclama;
eu proclamo a vida que me ama...
E se você, ao fim do dia, sentir-se só.
Eu sopro o sopro da vida antes de tornar-me pó.
Crato-CE, 26 de novembro de 2007.
13h35min