Dor de chico, dor de Francisco 

A poluição está viva e se alastra
O sofrimento tem de monte
Desde a nascente na Canastra
A agonia reflete no horizonte
 
Peixes escalam a barragem
Para manter viva a piracema
O sufoco vai até dezembro
No vil de bravura e coragem
 
As águas passam sorrateiras
Ofegantes e sem respirar
Elas já foram mais ligeiras
Quando iam descer pro mar
 
Suas dores passam pra nós
Tão maltratadas e deprimidas
Elas chegam mal, lá na foz
Cansadas e quase sem vidas
 
Foto: Barragem de Sobradinho-BA. (Google)
 
Zédio Alvarez
Enviado por Zédio Alvarez em 22/08/2008
Reeditado em 08/04/2023
Código do texto: T1140168
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