ONDE ESTÁ Ó MORTE TEU AGRILHÃO

Você chega sorrateira sem avisar

Deixando os íntimos a chorar

Estás presente em todo planeta

Nos lares estais sempre a espreita

Angustia pranto solidão e medo

São teus grandes amigos do peito

Entras no lar do rico e do miserável

Ninguém segura teu poder indomável

Alguns até pedem pra você o levar

Acham que nos teus braços vão descansar

Destróis sonhos dos que lutam para vencer

Tua missão é fazer o sonho perecer

Flores tentam esconder tua horrenda face

Pranto e tristeza é o teu grande enlace

Orações preces rezas nada te sensibiliza

O ruim fica ignorado e o bom tu martiriza

Alguns dizem que você é a única certeza

Porem tua presença deixa somente tristeza

Acompanha tuas vitimas até o ultimo instante

Não importando se é culto ou mero ignorante

Sei que neste momento estás ao meu lado

Não te vencerei mas lutarei como bom soldado

O teu nome não tem registro em cartório

Mas todos te cumprimentam na sala de velório

Somente Jesus Cristo foi o único que te venceu

Foi á mansão dos mortos e provou que não morreu

Escritores poetas políticos tantos você levará

Mas suas poesias e feitos o recanto os imortalizará

Onde está ó morte tua foice e os teus agrilhões

Diante dos poetas tu consolarás muitos corações

De que adianta tua força lúgubre na hora incerta

Se tua valentia torna-se a musa do invencível poeta

Desnudar tua natureza em forma de versos ou poesia

É desafiar o medo para quando vier me buscar um dia.

Morte ingrata sei que não tens calor és muito fria

Mas tua irmã tristeza transformarei em alegria

Onde está ó morte teus agrilhões e teu pranto

Teu mal transformei em poesia para sempre neste recanto.

ARTONILSON MACEDO BEZERRA

ARTONILSON MACEDO BEZERRA
Enviado por ARTONILSON MACEDO BEZERRA em 21/08/2008
Código do texto: T1139276
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