VAI E VEM
De Jorge Paulo
Nesse cume de meus anos
Gelo-me diante a experiência
Verdades e desenganos
Na minha santa inocência
No vai e vem indeciso
Eu vou navegando à-toa
Equilibrando meu juízo
Nos versos que a vida entoa
Se foi um passado de glórias
Minha voz empolgou multidões
Por isso que conto histórias
E o rito dos meus sermões
O que semeei nos caminhos
De imaginários jardins
Deu rosas e muitos espinhos
Plantados lá nos confins