Canção ao Vento
Este gosto amargo que sinto em só
Estar como quem ama o vento,
No meu peito é um tiro, um grande nó,
De quem segue a vida num desalento...
E pensar nas tuas formas raras, que partiu...
Se vivo a chorar, a gritar é que ainda tenho
Os desejos de alguém que não me viu...
Que esta alma lembra dos bons que não desenho!
É como a água da chuva que cai sobre mim,
Ainda que no castelo clamo e canto,
Num lago minhas lágrimas seguem enfim,
E me torturo ao choro sem aquele manto...