PRESAS DO DESTINO

Daria tudo para poder,

a teu lado acordar,

e ternamente te abraçar,

com todo meu querer.

Contudo estou sozinho,

longe do teu carinho,

em meu leito a sofismar.

Somos presas do destino,

encerradas na masmorra,

do inexpugnável castelo,

num universo paralelo,

onde vivem prisioneiros,

nossos sonhos verdadeiros

tão reais quase divinos.

O que fazer nesta hora,

em que me abate a tristeza,

como uma dor incontida?

Já, temo pela própria vida.

Luto contra minha natureza,

procuro enxergar só beleza,

até que esta idéia vá embora.