ANGÚSTIAS...

Ando com a alma apática,

na obscuridade de dias intermináveis.

Tempestades me assolam...

Me jogando de um lado para outro,

como um barco...

cujo leme e mastros quebrados,

se houvessem partido em mar bravio.

É difícil a ida...

a tempestade é minha desculpa

para entrar e demorar-me no antigo abrigo.

Ela quer me consumir...

Me engolir o sorriso...

Gostava de ter o instinto dos pássaros...

Que fogem das tempestades

para não se ferirem,

para não quebrar suas asas.

Mas pássaro não sou!

E como humano,

inclino-me ao medo e à covardia

e sentindo o despertar de um vendaval,

arrasto-me para me esconder,

ao invés de voar e fugir.

Não possuo a coragem dos pássaros.

Não tenho asas...

Como é difícil, o caminho que me leva

de volta à minha realidade!

Como eu queria ter asas...

MIRAH
Enviado por MIRAH em 16/08/2008
Reeditado em 16/08/2008
Código do texto: T1131328
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