Sol.
No recanto ao sul, perto da toca do amante.
Uma lagoa que reflete a sol poente,
De noite a cópia tremula da lua.
Tocar a sombra não é amar sinceramente.
Em algum lugar, existe o dia que não acaba,
Seis meses em que a noite perdura.
E é tão frio.
Ter lua tão distante, refletida... em rostos,
Parecidos, somente parecidos, às vezes com o mesmo nome.
Profunda a lagoa dos amantes,
Sufoca, afoga, é pesada.
O tempo é raro, artigo em falta,
Às vezes os dias são rasos.
Quem sabe do outro dia, eu traga a foto,
Duma lua diferente, ou nascente,
Para observar sem medo o sol poente.