A lua e eu

A lua e eu

Quando a olho no teu sorriso branco e enigmático

Tenho pena dos trovadores e menestréis

Que deixam-se seduzir por este brilho metálico

E amantes insatisfeitos, procuram por ti pelos bordéis.

A outros que cansados de sonhar em te tocar

Afogam os desejos escondidos,

E seus pensamentos tristes, desiludidos

Bebendo de variados vinhos em diferentes tonéis.

És uma amante infiel e ingrata,

Apesar de receberes tantos louvores, odes, serenatas

A ti nada importa, nada toca, só a beleza que retratas

Em tantas faces, que aos amantes mostras.

Eu te invejo, a beleza, o brilho a graça inata.

Embora de ti esteja tão farta

És o espelho de meus humores

E a lembrança de outros tempos

Em que eu sentava na varanda

E te espiava convencida de que amava

Com uma taça para ele eu proclama

Meus sonhos, meus ideais, minha alma desnudava.

Tu és mais fortes,

Vencestes a morte

E aí de cima onde estás

Podes iluminar o campo onde ele jaz em paz.

Aradia Rhianon
Enviado por Aradia Rhianon em 14/02/2006
Reeditado em 27/11/2014
Código do texto: T111816
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2006. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.