Balada do rancor sem estardalhaço

de cá pra lá

bate o badalo

do sino que baila

calado

na balada da bala

que não bate nada

quando procuro

em tantos porres,

em tanta estrada,

um lugar para enfim

destilar minha amargura

aguada

um comicho desfila pelo meu rosto.

um sopro

quente

que percorre o corpo,

ao perceber do seu descaso

[que me entreva e que me entrava ]

que não sai do encalço

e não me larga,

e eu vejo que em cada passo

que eu ameaço

alcanço mais fundo

nesse charco

onde você me deixou,

espalmado marco

pela abrasiva ferroada

da vida

que te inflamou.

Lynce
Enviado por Lynce em 06/08/2008
Reeditado em 06/08/2008
Código do texto: T1116452
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