Balada do rancor sem estardalhaço
de cá pra lá
bate o badalo
do sino que baila
calado
na balada da bala
que não bate nada
quando procuro
em tantos porres,
em tanta estrada,
um lugar para enfim
destilar minha amargura
aguada
um comicho desfila pelo meu rosto.
um sopro
quente
que percorre o corpo,
ao perceber do seu descaso
[que me entreva e que me entrava ]
que não sai do encalço
e não me larga,
e eu vejo que em cada passo
que eu ameaço
alcanço mais fundo
nesse charco
onde você me deixou,
espalmado marco
pela abrasiva ferroada
da vida
que te inflamou.