Venha salvar-me de mim mesma!

Trancando a porta do quarto

Sentindo a fria escuridão

A porta se fecha facilmente

No entanto, não consigo trancar essa agonia

Nem afastar essa perturbadora dor

Minhas lágrimas a penetrarem em minha face

E a escorrerem em meu coração

Os meus braços a apertarem os joelhos... Firme e forte,

Chego a morde-los

E a minha solidão a guardar-me

Senti-me nua perante a dor.

As forças para lutar e vencer já não existem por aqui

Senti minha luz se tornar tremula

Duvidas ecoam em mim como uma voz enganadora

Venha salvar-me de mim mesma!

Sinto que me faltas, demais...

Por temor, não consegui parar de chorar.

Só queria que me protegesses, me desses sua mão.

Aquecesse-me com seu calor

E em um forte abraço me faria esquecer-me de tudo que me atormenta

Queria ver no teu olhar a força para lutar e vencer,

Queria ver o meu sentimento por ti no esplendor do seu sorriso.

Queria contigo erguer-me,

Mesmo na escuridão,

ou aonde quer que eu esteja ou tu estejas.

E venceste.

As memórias,

As palavras sussurradas pelos dias que nos definem,

O toque da tua presença constante no meu ser,

O teu amor mesmo que à distância,

O teu bem-querer por mim,

Ali, sempre comigo, mesmo quando eu fechei os olhos,

Ou melhor, principalmente quando eu fechava os olhos tu estavas ali,

Comigo, a dar-me à mão, a abraçar-me.

Sinto por demais sua falta!

Diane Gardim
Enviado por Diane Gardim em 03/08/2008
Código do texto: T1110306