Foi-se

Não! Não me deixes nunca mais...

Mesmo sem deixar-me sentirei, enfim...

Se for, alma dissipada como as tais,

Talhadas de amor, como Eu, marfim,

Vi-te passar, caminhando e mesmo assim,

Não! Sabes lá, nunca se sabe o que dizer!

E eu à sua frente...Tu Olhando para mim,

Calado! Minha angustia de não viver...

Se te disseste, beijaria tua boca: minha poesia,

Se respondesse, eu feliz, seria...

Mas agora...Ermo coração enternecido,

Foi-se então... E tal a dor que me mantinha,

Se tua boca à minha, já mais teria esquecido.

Hilton Luzz
Enviado por Hilton Luzz em 12/02/2006
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