Foi-se
Não! Não me deixes nunca mais...
Mesmo sem deixar-me sentirei, enfim...
Se for, alma dissipada como as tais,
Talhadas de amor, como Eu, marfim,
Vi-te passar, caminhando e mesmo assim,
Não! Sabes lá, nunca se sabe o que dizer!
E eu à sua frente...Tu Olhando para mim,
Calado! Minha angustia de não viver...
Se te disseste, beijaria tua boca: minha poesia,
Se respondesse, eu feliz, seria...
Mas agora...Ermo coração enternecido,
Foi-se então... E tal a dor que me mantinha,
Se tua boca à minha, já mais teria esquecido.