Um corpo
Um corpo docente
Uma vida demente
Um monte de adeus
Uma estrada vazia
Mãos sem vida
Um olhar que não é meu
Liberdade dos sonhos
Nem sempre risonhos
Nuvem negra do apogeu
Flagelada noite,
Dias e acoites
De alguém que se perdeu
Vida, após vida
Demente, instiga
O ar que não é teu
Famigerada, segue
Em busca do nada
Alimenta, liberta o sol do adeus.
Onde mora piedade?
Que nega invade
Negra alma, se perdeu
Em montes lactentes
Como lava vulcânica
Explode em lágrimas
Calado grito teu!
Onde mora esperança?
Donde estão sonhos de criança?
Resulta o nada, do nada que é teu
Cálida simples, sincera
Lamenta, e com forças espera
O espaço no infinito, seu...
Olha, horizonte do nada
E em nada, fecha a porta do que não é teu...
Cláudia Aparecida Franco de Oliveira
Recreio dos Bandeirantes
Rio de Janeiro