TEMPESTADE
Acinzentou-se o dia.
Tudo baila, rodopia
È o vento a passear
Dona morte a esvoaçar
Voam as almas desvairadas
As cinzas de fogueiras apagadas
Tristes flores em brutal desfolhada
Como é forte esta morte que passa.
Estendo os braços
Aos divinos cansaços
Tento agarrar a vida que esvoaça
Cerro as mãos. Por muito que faça
Perco a vida. A força deslaça
Morre o meu ser. O sentimento.
Tudo foi com a morte.
Morte que passeia ao vento.