CABANA DE UM ERMITÃO
Tenho a casa habitada por uma solidão sombria,
que nas noites escuras, sobre minha alma investe,
ouço muito ao longe, os tristes uivos da agonia,
que torna muito mais fúnebre, a mata de cipleste.
E quando o sol vai caindo, ja no final da tarde,
tambem sinto escurecendo, a minha imaginação,
vou sentindo, a estranha febre que me arde,
e o veneno que me mata, me tortura a recordação.
Sozinho, so com a claridade de uma crepitante vela,
onde vejo com tão pouca vontade, a sua fraca luz,
essa imagem jamais me mostrou algo de bela
olhando, chego a sentir o martírio de uma cruz.
Dói como uma doença, essa saudade que se sente
suas raízes devem estar fincadas no além,
com minha febre, ouço ate o silvo da serpente,
mas aqui só mora eu, aqui não vive mais ninguem.
Aqui tambem, creio, deve estar a nascente da dor,
que deixa a casa sinistra, erma, triste e tão vazia,
tudo combina com o seu solitário morador,
que sente um pouco viver , na hora da Ave Maria.
Tenho a casa habitada por uma solidão sombria,
que nas noites escuras, sobre minha alma investe,
ouço muito ao longe, os tristes uivos da agonia,
que torna muito mais fúnebre, a mata de cipleste.
E quando o sol vai caindo, ja no final da tarde,
tambem sinto escurecendo, a minha imaginação,
vou sentindo, a estranha febre que me arde,
e o veneno que me mata, me tortura a recordação.
Sozinho, so com a claridade de uma crepitante vela,
onde vejo com tão pouca vontade, a sua fraca luz,
essa imagem jamais me mostrou algo de bela
olhando, chego a sentir o martírio de uma cruz.
Dói como uma doença, essa saudade que se sente
suas raízes devem estar fincadas no além,
com minha febre, ouço ate o silvo da serpente,
mas aqui só mora eu, aqui não vive mais ninguem.
Aqui tambem, creio, deve estar a nascente da dor,
que deixa a casa sinistra, erma, triste e tão vazia,
tudo combina com o seu solitário morador,
que sente um pouco viver , na hora da Ave Maria.