PROFANADOR
Ele vai sugando a carne como um vício maldito,
Abrindo aos poucos a ferida mal curada.
E leves paranóias psicidélicas do falso médico
E da falsa paciênte.
Você nunca me curou do amor!
Apelidando a Musa de Deusa e a Deusa de Musa,
Você só despedaçou corpos nus.
Um dançarinho das sombras a procura do crepúsculo
ou da aurora.
Você nunca viu a luz que te sombreava!
As velhas esculturas de cimento imóveis como sempre,
Mais mortas a cada dia, sem nem frieza.
E teus segredos jogando sementes aos ventos,
Dissimulando teus próprios segredos secretos.
Você não serve nem pra isso!
Profanador de virgens carentes,
Hipócrita e merecedor das fúrias negras.
Quando em teu céu jorrar vermelho intenso
o sangue das mil virgens e com eles
os lamentos de um pai de mil filhos,
Eu vou desejar o melhor pra você
E nesse momento será a morte.