free you
Se fossem sempre as mesmas dores, seria cômodo,
Aprenderíamos a lhe dar com elas, nos acostumaríamos, desenvolveríamos uma forma de conviver com isso, de não sofrer tanto...
Mas nunca são as mesmas dores,
É um estado constante crescente, a beira da depressão, lutando contra a falta de ânimo diretamente surrando meu estomago, tentando sucumbir o ultimo fio de esperança da minha alma, entristecendo-me de olhar em olhar, rasgando minha decência...
Morrer seria o mínimo a ser feito,
Quantas vezes já cansou de ficar cansado?
Uma hora cansa, uma hora enjoa, mas tem uma hora que tudo vira só ódio e nem a violência expressa tão bem essa revolta toda, ser ignorado dia após dia, sem um olhar sincero, sem nada de concreto...
Monologando frente a estátuas, esperando um único dia ouvir o sussurrar de uma única sílaba, ou se fosse pedir de mais, um mero “estou aqui”....
“você disse que sempre estaria ai quando eu precisasse,
Mas não esta!”
Gritei até não agüentar mais, dormi de cansaço, acordei pior do que ontem e sem voz, junto com ela toda boa vontade do ânimo...
Caminhar no frio em direção à casa faz brotar a expectativa do calor de um agasalho, somente essa certeza já conforta, saber que esta chegando próximo o fim do gelo, saber que daqui a pouco ele não mais existirá...
Mas quando se esta no deserto e nunca mais será dia, saber que você só está andando em círculos constantemente e não é inteligente achar que vai acabar, não existe a esperança do calor, é somente o frio, todo tempo, todo dia...
Sempre frio, sempre frio, é sempre ruim, sempre péssimo e eu nunca agüento...
Constantemente alone, constantemente lost, e é sempre o frio, sem ninguém pra me aquecer, sem esperanças de mudar, é somente isso,
Frio,
Sempre frio...