EM BUSCA DE SENTIDO

Essa cidade,
Moldurada de estranhezas,
Mentiras – verdades,
Ventos de incertezas,
Essas estradas,
Que levam...
Que trazem...
Ao tudo – ao nada,
Que alimentam,
Tantas vidas (des)esperançadas.
Essas miragens,
Múltiplas paisagens,
Quase sempre cinzeladas,
Contempladas da janela central,
Esse olhar entristecido,
Com um quadro tão desigual,
Que pouco a pouco o envolveu,
Essa alma em busca de sentido,
Marília peregrinando sem Dirceu;
Parece que essa cidade sou eu.