Letras de sangue
O ódio insere lâminas na minha fronte altiva e pálida,
Aprecio como um ritual de mágica o desenrolar de teus movimentos sincronizados com meu arquejar apavorante ajoelhado entrego-me, a delírios ocultos e intensos,
Quão distante é tua presença!
Na face quase infantil de suprema felicidade, olhos tão belos quase líquidos expressões de mil dádivas,
Nariz aquilino, longo e altivo, no formato do rosto contornos suaves ,cuidadosamente emoldurados
Pelos longos cabelos negros que esvoaçantes não disfarçam,é lógico, apenas realçam o poder Apaixonante de tua magnifica Atração.
Ai de mim!Suportar o sorriso que seria junto ao meu,
Fonte de inenarrável felicidade e simplesmente,
Em imagens ou sonhos demorados mesmo neles muitas vezes A perco,
Para os desvios mórbidos de sentimento e a noção De tempo,
Na luz fria que noite vira enquanto me deito.
No contorno do corpo magro e na face de beleza Singular todo Encanto,
Já disseram não há rara beleza sem algo de estranho,e nisso Encontro
Mil odes ao rosto notadamente,
Pois veja que a tua imagem é Inebriante,incomparável,Vênus de pele morena cortejada pelo sol,
Ao passo que meu fanatismo aumenta, mais próximo chego do Jazigo
Quando em estremecimento concluo sinistro,
Que de nada vale viver sem ti.
Será que obterei atenção após a morte ?
Numa formalidade casual de domingo na ida ao meu velório e então um vislumbre apenas,
O suficiente, ora, sequer tomarei conhecimento Disto,
Com olhos fechados e mãos atadas,embriagado de rosas,lírios e Discursos amargos,
Imobilizado.
Há um longo retrato roubado,ampliado, desenhado e pinturas,
Tomando a parede restante do meu antigo quarto,
Em sangue declaro meu amor atravessado,
E de tranbordante ânimo macabro faço retalhos do corpo Debilitado,
Para que tenhas idéia do sofrimento apaixonado deste nobre Coração derrotado.
Na expressão que levarei na face caracterizada por cadavéricas Sombras e impressões enigmáticas,
Na rapsódia emudecida,num uivo longo,surpreendendo a mim Mesmo com a dor nevrálgica,extendendo-se,acima e abaixo,
Despeço-me ainda admirando-a,extasiado,
Como num orgasmo fatal de inútil prisioneiro,
Do infortúnio do teu derradeiro desprezo,ainda assim irresistíveis encantos ,prossigo morrendo,eternamente apaixonado.