NENHUMA PAISAGEM
Navego mares e oceanos imerso em tristezas.
Num pranto tão sincero quanto a maior das profundezas.
Lá, bem fundo, no âmago que não permite abrigo,
mas desvencilha qualquer permanência
de quem mais desejava ficar.
Nas rochas da indiferença, feri meus pés descalços,
entregue que estava à brisa que a mim distraía...
e era eu quem mais enganava a dor que sentia.
E era eu quem sofria sem poder nada falar...
foram-se aqueles dias em que a maré me exaltava,
trazendo ondas suaves que lavavam os meus pensamentos.
Minha vida tornou-se um mar de tantos tormentos,
sem a visão que eu queria do que eu precisava encontrar...