Tristeza
A dor que a minha alma sente?
Que não a saiba toda a gente.
Não quero turvar a alegria
de quem canta todo o dia.
Não quero que me chamem ingrata
por perturbar tanta graça
da felicidade alheia.
Por verem meus olhos tristes.
Meu corpo amortecido,
tomado de odioso quebranto.
A minha força sem crenças.
Janelas de meu encanto cerradas
Silenciei as minhas alvoradas.
Já não me encantam os gorjeios
das aves do amanhecer.
Cerrei as minhas sacadas.
Vedei com panos de luto
a transparência dos vitrais
por onde o sol se espreguiçava.
Meu encanto quando acordava.
Podem perguntar.
Que dor ou medos
tomaram o meu alento,
e que me causaram tanto padecimento?
Tormentos apenas tormentos.
Que me vestiram de breu.
Mal querenças desenganos.
Segredos que guardarei.
Por vis traições vergada.
Não vou semear a tristeza
Lá porque em meus olhos viste
como eles andam tão tristes.
De t,ta
13-07-08